terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Sacolas ecológicas provocam furor em compradores de Nova York/EUA

Sacolas de supermercado "ecológicas", feitas de algodão, projetadas para substituir as poluentes bolsas de papel e de plástico, provocaram compras eufóricas na cidade de Nova York.

Quatro estabelecimentos da rede de lojas de produtos orgânicos Whole Foods, em Manhattan, colocaram à venda cerca de 20 mil sacolas ecológicas com a inscrição "Não Sou uma Sacola de Plástico".

Centenas de pessoas fizeram fila antes da abertura da loja na quarta-feira (18) para comprar a sacola, de US$ 15, em poucos minutos.
A idéia é que os clientes comprometidos com o meio ambiente levem as sacolas para a loja. Isso diminuiria o uso de sacos plásticos - que levam cerca de 500 anos para se desintegrar - ou de papel - o que evitaria a derrubada em massa de árvores.

A estratégia, que tem sido considerada uma moda passageira, é para a criadora, a designer inglesa Anya Hindmarch, uma maneira de alcançar uma boa conduta.
A mensagem escrita nos sacos é vista com freqüência no ombro de milhares de pessoas.
A designer - famosa por suas carteiras e bolsas com preços de até US$ 1,5 mil - começou a campanha timidamente em Londres. Diante do sucesso, a idéia se disseminou para outras cidades.

O furor que essas sacolas despertam foi tamanho que, no mês passado, a Polícia de Taiwan teve que dispersar um tumulto gerado pela venda que levou 30 pessoas para o hospital.
"Odeio a idéia de por a defesa do ambiente como moda, mas é necessário colocá-la em evidência para que se torne um hábito", disse a designer à imprensa local. Anya Hindmarch, que tem cinco filhos, já chegou a usar mais de 30 sacolas de plástico em compras de supermercado.
Calcula-se que os americanos utilizem cerca de 100 bilhões de sacolas plásticas por ano. Apenas 1% é reciclada. O restante é jogado nas ruas e nas águas ou então fica preso em árvores, fiação elétrica e drenagens.

A cidade de São Francisco já tem uma lei que proíbe o uso de sacolas não-recicláveis. Outras cidades nos EUA, como Boston, Baltimore, Portland e Santa Monica, estão considerando projetos de lei semelhantes.


Fonte: Folha Online

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